Parar para pensar no local que o corpo negro ocupa dentro da nossa sociedade, às vezes é uma tarefa mais pesada para os nervos que para o intelecto.
O homem negro, historicamente hipersexualizado e levado ao extremo da humilhação, não se difere da mulher negra na gravidade dos ataques, mudamos a forma como as opressões acontecem, mas, elas continuam existindo. A obrigação de ser sempre o "machão", o "ativo", o "reprodutor" sempre disponível e aqueles que algumas vezes ousam colocar sentimentos a frente desta virilidade imposta são colocados em lugar de negros com defeito, tudo isso recai sobre o homem preto.
Para a mulher negra sobra o lugar as vezes de corpo invisível, as vezes menos mulher, outras a carne para descarga das outras carnes, sempre assim, um corpo, abusado ou exposto, isso, um corpo.
Pensar no lugar do corpo negro sem falar de amor é negar à nós um novo lugar de humanos, que além de corpos que servem à outros têm sentimentos que podem ser trocados com o outro.
Amor preto cura. Amor preto humaniza. 💓
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