O Blog Na Veia da Nêga foi convidado pela ONU Mulheres Brasil para participar da semana de visibilidade de Influenciadoras digitais Negras, casando os projetos da Década Afrodescendente com a as ações da Agenda 2030 na Semana em que se comemorou o dia da Mulher Negra, Afro Latino-Americana e Afro-Caribenha, foi falar um pouco mais para o nosso público e o público da Organização das Nações Unidas sobre como nós, negras e digitais, pensamos caminhos e propostas para que essa igualdade seja alcançada. Além do Na Veia da Nêga, outros três canais foram convidados a integrar a ação e puderam compartilhar suas ideias para que nós sejamos um planeta 50/50 em 2030.
Buscar um planeta com igualdade de gênero depende de todos nós, a sociedade como um todo é responsável pelo cumprimento e fiscalização do andamento de todos estes combinados e nós, mulheres negras, como base da pirâmide social, temos mais ainda a missão de fiscalizar e exigir um mundo em que a combinação gênero-raça seja igual para todos. É sabido que mulheres brancas e negras não atingiram ainda a equidade social e, por mais que entendamos que somos diferentes (obviamente), não podemos perder de vista que as diferenças devem nos equalizar e não separar.
O Brasil foi um dos primeiros países a assumir o compromisso com o desenvolvimento e apoio de políticas que busquem dar equidade aos gêneros, em 2015 com a então presidente eleita Dilma Rousseff, o Brasil se comprometeu diante de outros países a levar todas as mulheres em situação de violência à serem assistidas e protegidas através do programa “Mulher, Viver sem violência”; cuidados de saúde materna e assistência às meninas; plano para os cuidados prestados às vítimas de violência sexual por parte de profissionais de segurança pública e de saúde; grupo de trabalho sobre a saúde para as mulheres com deficiência; licença-maternidade para mulheres militares; permissão de registro do nascimento de filhas e filhos sem a presença do pai.
Diante da situação política do nosso país, tendo pouca ou nenhuma estabilidade democrática é preciso estar atenta ao cumprimento das metas e, em casos de violência que não seja resolvido por nossas instâncias comuns, recorrer sim aos órgãos internacionais. Mesmo tendo total consciência de que não é fácil ou tão acessível assim as pessoas pobres do país, o fato de divulgarmos esta informação já é um grande passo.
O convite da ONU Mulheres Brasil é, além de uma imensa responsabilidade, uma honra e um reconhecimento de todo um trabalho que vem sendo feito de informação e conscientização das mulheres brasileiras, é impressionante saber que estamos sendo observados e acompanhados justamente por quem tem feito um trabalho mundial e tão importante.
Quanto aos caminhos para igualdade, dentre tantas coisas que precisamos melhorar para fortalecer as mulheres negras deste país, sugeri a educação como caminho para alcançarmos isto. Nós como a maioria na base da tal pirâmide social somos a base também da transformação, se as mulheres negras que carregam esta sociedade, quase que literalmente, nas costas, forem movidas para situações positivas dentro da estrutura, com certeza o restante da sociedade se move junto. Educação e conhecimento pode sim mudar o rumo de muitas histórias negras e, é papel do estado fornecer condições para isto, promovendo equidade entre as raças. O que isto quer dizer? Se determinado grupo social precisa de duas vezes mais condições para acessar o mesmo serviço, é papel do estado fornecer estas condições de forma profissional para mulheres negras, a fim de que a situação se iguale. A equidade no acesso educacional é um, dos muitos, caminhos para que haja igualdade de gênero-raça no Brasil em 2030.
Quer saber mais? Assista aos vídeos no canal, se inscreva e deixe seu comentário sobre o que você acredita ser o melhor caminho para atingirmos esta meta.
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